A desigualdade de gênero é uma questão moral e financeira em escala global. Carreiras STEM (sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática) são os empregos do futuro.
Também são carreiras nas quais as mulheres são historicamente sub representadas. Algumas das ocupações STEM mais lucrativas, como ciência da computação e engenharia, têm a menor porcentagem de mulheres trabalhadoras.
Para promover o desenvolvimento sustentável, impulsionar a inovação, o bem-estar social e o crescimento inclusivo, precisamos de mais mulheres em STEM.
A diferença salarial global entre mulheres e homens resultou em uma perda de riqueza geral de US$ 160 trilhões, de acordo com um relatório do Banco Mundial.
Se as mulheres ganhassem o mesmo que os homens em todo o mundo, a riqueza do capital humano poderia aumentar em 21,7% e a riqueza total em 14,0%, destaca o relatório.
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Cenário Atual
Nas organizações, em 64,9% dos casos, as mulheres representam no máximo 20% das equipes de trabalho em tecnologia. Os principais cargos e áreas ocupados por mulheres nas equipes de tecnologia são:
- Desenvolvedora,
- Analista,
- Gerência,
- Projeto,
- Testadora,
- Designer.
Esse percentual de cargos ocupados por mulheres em TI pode crescer, pois não é por falta de capacitação. De acordo com a ATN (Associação de Telecentros de Informação e Negócios), 36,3 mil mulheres formadas na área buscam colocação no mercado de trabalho.
De acordo com o estudo realizado pelo CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos), no meio acadêmico as mulheres já representam 60% desse universo e, com isso, os especialistas esperam que em breve tenham uma ocupação crescente em cargos de TI (Thoughtworks).
The Bridge #WeBuildYouCross
Bernardo Carvalho Wertheim, fundador e CEO da Startup The Bridge, com sede em Santiago, Chile, fundada em março de 2017, e se espalhando pela América Latina, disse que a empresa vai faturar mais 100% este ano em relação ao ano passado.
Considerando que o BANDNEWS, uma grande rede de TV brasileira, informou que 75% das startups fecham antes de completar quatro anos de atividade, são resultados impressionantes. The Bridge é uma rede global para profissionais de UX, digital e tecnologia.
“Nossa equipe usa tecnologia de ponta para pesquisar e qualificar o melhor em nosso banco de dados de talentos internacionais de +230.000 de acordo com as necessidades dos clientes. Você pode contratar ou terceirizar profissionais digitais para projetos temporários ou permanentes”, disse o Sr. Wertheim.
“Não somos perfeitos, mas estamos melhores do que ontem”, acrescentou.
Entrevista com a Diretora Geral da The Bridge no Brasil
Irina Bezzan, diretora-geral da startup The Bridge no Brasil é empreendedora há mais de 15 anos em Startups na área de Eventos, Educação e Tecnologia. Segue a entrevista.
P1 – Há estudos internacionais que afirmam: um maior número de mulheres e executivas em uma empresa resulta em mais lucros e um trabalho em equipe mais harmonioso. Você concorda?
Irina: “As mulheres conquistaram mais cargos de gestão e hoje representam 39% dos executivos com poder de decisão. De 2019 para cá, o salto foi de 10%.” (Women in Business Survey, 2021, Grant Thornton).
“Elas são conhecidas por sua capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo e também por ter mais tato no trato com as pessoas. Claro, não é uma regra, já que cada pessoa tem suas próprias habilidades.
“Embora tenhamos conquistado espaços e posições de liderança relevantes nos últimos anos, os esforços pela igualdade de gênero, principalmente no segmento tecnológico, precisam ser constantes onde essa disparidade é ainda mais visível.
“Ainda existem paradigmas a serem superados para que cada vez mais mulheres possam desenvolver carreiras brilhantes. Nunca houve um momento mais favorável para essa virada de chave. A tecnologia anseia pela expertise desses profissionais.”
P2- Você concorda que as mulheres com sua empatia e intuição aguçada fazem a diferença nos processos de recrutamento, entrevistas e recrutamento de candidatos?
Irina: “Atualmente, a área de Recursos Humanos foca nos comportamentos e emoções que influenciam o desempenho dos colaboradores. Desta forma, as mulheres com sua habilidade multitarefa, flexibilidade, empatia e determinação, acabam se destacando e assim impulsionando os colaboradores, tirando-os de sua zona de conforto.
“Ter mulheres, assim como ter outras representações, cria um ambiente com diferentes percepções, trazendo resultados mais eficientes. Sugiro a leitura do livro ‘Inteligência Emocional’, de Daniel P. Goleman.”
P3- Infelizmente, as estatísticas de tecnologia mostram que as mulheres nesta indústria ainda estão pouco representadas. Qual é a percentagem de mulheres empregadas na The Bridge?
Irina: “A equipe interna da The Bridge é composta por 69% de mulheres e 31% de homens. Todos da The Bridge com BPOs são 49% mulheres e 51% homens. Como temos muitos profissionais de TI, a porcentagem de homens aumentou muito.
“Durante o primeiro semestre de 2021, investimos para abrir maiores oportunidades para as mulheres que trabalham com nossos clientes e conseguimos equilibrar os dados, inclusive para posições de liderança e estratégias. Estou encabeçando esse processo de transformação cultural que inclui temas como inovação, inclusão e diversidade.
“Irina destaca que embora a participação feminina esteja crescendo aos poucos, já há o que comemorar. “Na The Bridge Brasil temos mais de 150 vagas abertas e a participação feminina em nossos processos seletivos cresceu 60% este ano, em relação a 2020.
“O público feminino corresponde a 20% dos currículos para as oportunidades de Analista de Sistemas, Desenvolvedor (a) Especialista em back-end e dados. Quando analisamos os pedidos de vagas de Analista SAP, as mulheres correspondem a 40% do total.”
P4- Quantos e quais os tipos de empregos que a The Bridge tem disponíveis em cada um dos países latino-americanos onde está presente?
Irina: “Atualmente, temos +300 empregos em toda a América Latina, +50 no Chile, +40 na Argentina, México, Peru e Colômbia e +120 no Brasil. As vagas mais solicitadas estão na área de Tecnologia (51%), com “Designer de Produto” e “Desenvolvedor” no topo da lista.”
Dados de quatro países da região (Argentina, Brasil, Chile e México) mostram que, entre as 20 habilidades profissionais mais demandadas pelos empregadores, metade está diretamente ligada ao desenvolvimento de tecnologia. Além disso, o Bureau of Labor Statistics (EUA) prevê que os negócios de estatística, desenvolvedor de software e matemática crescerão 34%, 31% e 30% até 2026, respectivamente, mas as mulheres não estão escolhendo essas atividades.

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Conheça o autor
Peter Howard Wertheim & Dayse Abrantes - International Journalists
peter.howard@thebridge.social dayse.abrantes@thebridge.social Jornalistas Internacionais
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