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As consequências da falta de mulheres na produção de games

No Brasil, as mulheres já são 58,5% do público consumidor de jogos eletrônicos, mas ainda são apenas 20,7% dos funcionários de produtoras (Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais).

Além disso, no mercado de trabalho dos games ou nos jogos, elas convivem com falta de representatividade, desestímulos e até assédios.

Mais desenvolvedoras de jogos, mais representatividade feminina

A falta de representatividade feminina nos jogos está relacionada à falta de mulheres na produção destes jogos. Como os homens são 79,3% dos desenvolvedores de jogos, o universo gamer acaba tendo uma visão predominantemente masculina.

A falta do ponto de vista feminino nos jogos leva à representação dos personagens principais como homens, e à estereotipização, sexualização e falta de profundidade das personagens femininas.

Além disso, mulheres sofrem agressões verbais em jogos interativos e nas comunidades online de streaming. São assédios, exclusão dos jogos, xingamentos e linchamentos virtuais, apenas por terem sido reconhecidas como mulheres em um jogo online.

“Bro culture” e barreiras invisíveis

Para romper com o machismo nas produções de games, é necessário atrair mais mulheres que desenvolvam os jogos. No entanto, existe um grande gap de mulheres na área de tecnologia em geral. Coincidência?

74% das mulheres que trabalham em computação disseram ter sofrido discriminação de gênero no trabalho, e 79% sentem a necessidade de se provar o tempo (Pew Research Center).

Por serem maioria e terem maior poder de influência e tomada de decisão nos espaços de desenvolvimento, assim como por se identificarem mais entre si do que com mulheres, homens acabam se priorizando entre si, gerando o efeito “bro culture”.

Ao serem invisibilizadas, não alcançarem promoções e até serem excluídas das decisões, mulheres vão ficando para trás na escala de influência no processo de desenvolvimento e muitas vezes abandonam as profissões tecnológicas por sentirem que não se encaixam.

Consequências da falta de diversidade

A diversidade é pilar da inovação, por isso, deve ser fomentada e defendida como um objetivo de negócio. Quanto mais culturalmente pobre for o ambiente de desenvolvimento de jogos, menos diversidade vai ter interesse de compor este espaço. 

Aqui cabe também a necessidade de tornar o ambiente de consumo de games menos hostil para mulheres, pois isso também está relacionado ao gender gap em tecnologia.

Muitas pessoas acabam se interessando por carreiras em tecnologia porque sempre gostaram de jogar video-games, então, se queremos mais mulheres em tech, é importante que elas possam desfrutar dos jogos sem serem estereotipadas e assediadas.

Estratégias de solução

O aumento da diversidade nas equipes de desenvolvimento de jogos e de tecnologia de um modo geral precisa ser o foco central. 

É importante criar um ambiente em que mulheres tenham poder de influência e de decisão para terem sua voz ouvida de verdade.

Sem uma cultura verdadeiramente inclusiva, não adianta ter diversidade nas empresas, porque não haverá um espaço para que vozes diversas sejam ouvidas e levadas a sério.

Somente a partir daí mais mulheres e pessoas diversas terão vontade de fazer parte do time, e assim a diversidade na empresa alimenta a si própria!

Incluindo mulheres na indústria de games

A indústria dos jogos eletrônicos é uma das mais lucrativas da atualidade, movimentando o valor histórico de US$ 175,8 bilhões em 2021, com previsões de atingir US$ 200 bilhões em 2023 (Newzoo).

Ao afastar mulheres desta indústria, estamos afastando mulheres de uma área de atuação que se tornou extremamente lucrativa.

Nós da The Bridge temos o compromisso de mudar essa realidade e conectar empresas que também tenham esse propósito a profissionais cheias de potencial e talento. 

Se você é uma desenvolvedora, designer ou trabalha com o mundo digital, nossas vagas são para você! Encontre a oportunidade perfeita para você aqui.

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Ana Luiza Magalhães
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