Nos primórdios, tínhamos a Web 1.0 A ‘World Wide Web’ como era conhecida, era apenas um conjunto de sites estáticos com uma carga de informações e nenhum conteúdo interativo.
Conectar significava discar através de modems frágeis e bloquear qualquer pessoa na casa de usar o telefone. Era a Web das salas de bate-papo da UOL e do MSN Messenger, do AltaVista.
Era irritantemente lento. Streaming de vídeos e música? Esqueça. Baixar uma música levaria pelo menos um dia.
Velocidades de internet mais rápidas abriram caminho para conteúdo interativo, a Web não era mais sobre observar, era sobre participar.
O compartilhamento global de informações gerou a era das ‘Mídias Sociais’. Youtube, Wikipedia e Facebook deram voz aos sem voz e um meio para que comunidades com ideias semelhantes prosperassem.
Na Web 3.0, em vez de concentrar o poder (e os dados) nas mãos de enormes gigantes com motivos questionáveis, seria devolvido aos legítimos proprietários. A descentralização é a ideia de uma Web mais justa, transparente e centrada no ser humano.
A Web 3.0 é considerada a internet de 3ª geração que permite conectar dispositivos através de redes descentralizadas em vez de bancos de dados baseados em servidores. A nova internet é mais segura, melhor conectada, centrada no usuário e privada.
O objetivo é ser mais aberto, autônomo e inteligente. A Web 3.0 pode lhe proporcionar experiências mais personalizadas por pesquisas inteligentes e anúncios comportamentais. (Brisklogic)
Estamos vendo o começo das coisas. Web 2.0 é banda larga. A Web 3.0 é de 10 gigabits por segundo.
Reed Hastings: Empresário e filantropo americano. Co-fundador e CEO da Netflix
As pessoas querem recuperar o controle
Apoiada pela inovadora tecnologia ‘blockchain’, a Web 3.0 é uma nova versão da web onde as pessoas não são apenas consumidores e produtores de conteúdo, mas também proprietários parciais de projetos e ativos.
De forma resumida, ‘blockchain’ é um sistema que permite rastrear o envio e recebimento de algumas categorias de informação pela Internet. São pedaços de código gerados online que carregam informações conectadas – como blocos de dados que formam uma corrente.
É esse sistema que permite o funcionamento e transação das chamadas criptomoedas, ou moedas digitais. O conceito do ‘blockchain’ surgiu em 2008 no artigo acadêmico Bitcoin: um sistema financeiro eletrônico ‘peer-to-peer’, de autoria de Satoshi Nakamoto (pseudônimo do suposto criador do Bitcoin).
Como funciona a tecnologia ‘Blockchain’?
Chaves criptográficas: É um meio de computação, para armazenar as transações e registros da rede. As chaves de criptografia consistem em duas chaves – chave privada e chave pública. Essas chaves ajudam na realização de transações bem-sucedidas entre duas partes.
Cada indivíduo tem essas duas chaves, que usam para produzir uma referência de identidade digital segura. Essa identidade segura é o aspecto mais importante da tecnologia ‘Blockchain’. No mundo das criptomoedas, essa identidade é chamada ‘assinatura digital’ sendo usada para autorizar e controlar transações.
A assinatura digital é misturada com a rede ponto a ponto; um grande número de indivíduos que atuam como autoridades utiliza a assinatura digital para chegar a um consenso nas transações, entre outras questões.
Quando eles autorizam um negócio, ele é certificado por uma verificação matemática, resultando em uma transação segura bem-sucedida entre as duas partes conectadas à rede.
Então, para resumir, os usuários do ‘Blockchain’ empregam chaves de criptografia para realizar diferentes categorias de interações digitais na rede ponto a ponto. (BB Consult)
O Avanço das Criptomoedas
Moeda digital que não depende de nenhuma autoridade central, como bancos e governos. Ele é usado em transações ‘peer-to-peer’ armazenadas no ‘Blockchain’ e podem ser armazenadas em carteiras digitais. Essas moedas digitais têm valores diferentes e podem ser convertidas em dinheiro real.
Temos 2 categorias de criptomoedas:
• Moedas criptográficas
• Fichas
Existem vários tipos de cada um e ambos podem ser usados para fazer transações digitais. A única diferença é que as criptomoedas usam seu ‘Blockchain’, enquanto um ‘token’ usa algum outro ‘Blockchain’ de moeda como infraestrutura.
Essas são categorias de dinheiro virtual que podemos usar na web 3.0 – como no mundo real, onde você tem moedas diferentes para diferentes países. Se você estiver visitando o Brasil, precisará usar reais, se for para Nova York usará dólares e precisará usar um para comprar o outro.
O que é NFT? Entenda como funciona a tecnologia do ‘token’
NFT é uma espécie de certificado digital, estabelecido via ‘Blockchain’, que define originalidade e exclusividade a bens digitais. Sigla para “Non-fungible Token” (“Token não-fungível”, em tradução livre), os NFTs chamam a atenção após somas milionárias terem sido usadas para comprar esse tipo de ativo na Internet.
De uma forma simplificada, um NFT atrelado a um item digital qualquer uma imagem, foto, vídeo, música, mensagem, postagem em rede social etc. faz desse item único perante o mundo, gerando escassez em torno do item e abrindo espaço para que um mercado se instale, envolvendo colecionadores e investidores interessados em investir grandes quantias de dinheiro na aquisição de obras e ativos digitais. (The New York Times)
Podemos dizer que a Web 2.0 foi criadora e difusora da portabilidade e do alcance da internet para o maior número de pessoas, mas ainda existem grupos controlando e manipulando o ambiente. A principal diferença para a Web 3.0 é que esta consolida a mobilidade, mas com maior controle sobre privacidade, por parte do usuário, e menor controle de grupos ou autoridades ao reduzir o uso de intermediários para interações.
O mercado de ativos digitais com a WEB 3.0 é dinâmico, tanto no quesito tecnológico quanto na oferta de produtos e serviços. Manter-se atualizado e em constante pesquisa é uma condição inerente à área. Fato é que impressiona quando os olhos e os anseios se voltam ao mercado financeiro que a Web 3.0 favorece.
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Peter Howard Wertheim & Dayse Abrantes - International Journalists
peter.howard@thebridge.social dayse.abrantes@thebridge.social Jornalistas Internacionais
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